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E há um mistério que se desprende neste Porto sentido.

A meio desta tarde, chove. Uma chuva, miúda, é certo. E, embora molhe, não intimida as gentes. Estão as ruas cheias, os cafés e as lojas. E é curioso porque parece gente animada. Está frio e há um nevoeiro que se mistura com o fumo das castanhas assadas. Parece novembro. E há um mistério que se desprende neste Porto sentido. Nem sei se importa o dia exato em que tudo isto se abre ao meu olhar. Fecho os olhos e tudo parece não ter espaço nem tempo. Só sei que a mistura de tudo isto e mais a água que se mistura faz de mim a miúda mais sortuda do mundo nestas ruas por onde deambulo debaixo de chuva, a meio desta tarde.





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