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olha só, povo azarado

 Quem os vê daqui de cima

tão pequeninos, tão juntinhos

alguns tão fartinhos de tudo

outros tão isoladinhos

Quem os vê daqui de longe

parecem todos perfeitinhos

e sobrevivem

no seu mundo tão belo

tantos são os que sorriem com vontade de chorar

e é mais um dia agradecendo, padecendo

de males variados

outros tantos choram de tanto festejar

pelas alegrias alcançadas 

coitadinhos, todos juntinhos

Quem os vê daqui de cima

tão pequeninos, tão frágeis

parecem soldadinhos de chumbo

tão insignificantes

saltando ao pé coxinho e cheios de medo

à espera do veredito final

Quem os vê daqui de cima

atrapalhando-se todos afinal

acotovelam-se

já são oito mil milhões

e já nenhum deles sabe do destino

do planeta que os une

estão em guerra




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