Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

((um modo, ainda de amar

Não sei dizer quem de nós partiu de nós primeiro Gosto de pensar que partimos juntos, como se Ir pudesse ser jeito de permanecer ainda uma espécie de plano a dois (um modo, ainda de amar) Mar Becker

are you part of the Universe or is the Universe part of you?

porta tão branca que se abre tão estreita para tanto corpo que a enche trajeto que se revela tão curto para tão longa viagem uma espécie de espaço e tempo no qual nos inserimos ou que nos habita

descalço-me de sombras para chegar a ti

descalço-me de sombras para chegar a ti as linhas do meu rosto são claríssimas nelas não vês o velho, a criança, o adulto vês apenas o traço comum que é onde eu procuro a tua mão na transparência da minha palavra inteira (Vasco Gato)

Um fragor: é

UM FRAGOR: é a verdade ela mesma que surge entre as pessoas, no meio do turbilhão de metáforas. (Paul Celan)

E lá vai o sujeitinho impune a mexer com as nossas consciências

Uma manhã de nevoeiro, fria. Cheira a torradas. Acabei de engolir o café da manhã e aqui estou eu, dentro do carro, pronta a empreender o mesmo trajeto de todos os dias.  Todas as manhãs, mal dobro a esquina do muro de Vinhas da Índia, deparo-me quase sempre com o mesmo cenário. O trânsito automóvel aumenta e a estrada parece diminuir. Carros e camiões, às vezes tratores e motoretas. Uma azáfama! E no meio da confusão, surge sempre a mesma figurinha de que me apetece falar-vos.  Vai na berma da caótica estrada, correndo o risco de ser atropelada. É que os passeios são exíguos e mal engendrados nesta estrada nacional. São sete e quarenta e cinco deste dia de nevoeiro. E lá vai ele. É um indivíduo magro, aparenta ter sessenta e tal anos, poucas rugas, bastante cabelo grisalho, bem penteado, roupa clara, tão clara que parece exalar um cheiro a sabão Rosa nesta manhã de nevoeiro. Vai direito como quem cumpre um dever, apesar do passo descontraído. Eu penso até que, para ele, a rua está des

o natal é mulher

O Natal é Mulher.  Porque é cor.  Porque é mesa. É alimento.  É companhia. É calor.  Porque é beleza.  É luz. É brilho. É nascimento.  É magia. É alma. É amor.

à prova de balas

Tic tac  tic tac  tic tac.  Desta vez é assim.  Tirar os pés do chão e dar corpo à pele que, afinal e secretamente,  sempre desejamos ter.  Tic tac  tic tac  tic tac.  ... faltam apenas oito dias. 

Mas ao que chega e ao que passa atenta e sente no que restou…

Foi-se o rei e a rainha (quantas vezes idolatrados) Foi-se o conde e a comitiva Foi-se o bobo e a escrava (tantas vezes incompreendidos) Foi-se a forca, a barbárie e o baraço Foi-se o encoberto e o embuçado Foram-se os canhões e os batéis Mas ao que chega e ao que passa atenta e sente no que restou… Foram-se os dedos, loucos anos «dourados» MAS ficaram os anéis…

a noite já vai longa e o adro invariavelmente cheio

a música tem esta particularidade maravilhosa de entrar e ficar para que uma e outra vez se repita e nos chegue numa rua qualquer com a inesgotável nostalgia ou alegria ou tristeza ou saudade mas sempre como algo de bom que fica para sempre