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Mensagens

coisas invisíveis que chegam a algum lado

a luz da tarde dará forma ao sorriso quando as receberes

num lugar-pessoa onde se constrói a paz

Amor não é coisa vã, não é assunto lamechas ou motivo melancólico. Amor é assunto sério. Muito sério e que se torna cada vez mais sério à medida que a idade vai avançando quer pela abundância dele quer pela ausência dele. O tempo comprova se realmente vivemos ou não vivemos em amor. Se conseguimos ou não conseguimos lidar com tão rigoroso e exigente empreendimento. Se temos ou não temos essa experiência. Se tivemos a inteligência de ganhar minutos que se converteram em tempo de ouro. Se fomos ou não capazes de vencer o egoísmo e o orgulho. Se nos demos ou não. Se conseguimos ouvir o outro ou não soubemos entender nada. Se estávamos lá sempre ou se só estávamos quando precisávamos.  Amor é uma das mais difíceis tarefas porque é estar com e num lugar-pessoa onde se constrói a paz.

Lembra-se de um rapaz índio?

 Lembra-se de um rapaz                                         Índio? Nascido no ano de 2010?          Que precisava de amigos E tinha a sorte na mão? (Um que tudo queria             Tanto desejo, tanta emoção Muita vida, pouca razão            Para quem quer tudo em vão.) Vem aí a amiga                     Índia! Ajudar a esperança distante                                     Num instante A vida renasce           Para o pobre sortudo de 2010. (experiências poéticas em sala de aula com adolescentes irrequietos)

Um dia de maio

Um dia de maio em sérias movimentações de verde esperança. Um tempo de territórios por ocupar mas disfrutado. Um lugar de sementes. Um nascer de ideias.

Oh, lady!

Olhem bem para mim cansei de ensaios estou imune E nisto há uma pontinha de felicidade

como o mais sortudo da tua praça

É muito importante que te notes, que te encantes e que cantes o peso das horas,  que deixes bem claro que te corre a vida, bem ou mal,  e que lidas com o que vem como podes.  É importante que deixes devidamente registado que saboreias a meias uns tremoços e que te dispões a ir para a rua pelo medo que tens de que o teto te caia em cima.  É preciso que te lembres como conseguiste a tua própria felicidade depois de tanto azar e dor.  É muito importante que faças por não pertencer ao clã das vítimas deste tempo encantador e,  com o regozijo merecido, te autointitules como o mais sortudo da tua praça.

temos facas pedras e pistolas chicotes e martelos

temos facas pedras e pistolas   chicotes e martelos    soltamos vozes que são ecos   silêncios e sombras que nos assolam somos graças desperdiçadas   animais maiores que as gaiolas vendemos gritos e embaraços   gemidos correntes e lapsos compramos ideias a rodo   sonhos à distância de um clique achamo-nos digníssimos   bípedes prestes a cair no engodo bons a ter dorso curvado e cauda que não abana

vem chegando em estrondo

Já consigo ouvir o comboio vem chegando em estrondo E o meu coração é onda só de pressentir o teu chegar.

admirem-no!

fugaz instante do arregaçar de mangas mesmo antes da safra admirem-no! enquanto a seara é farta