uma chuva desvairada, cansada de molhar ao de leve, atira-se contra as vidraças por querer à força dizer que cá está sentindo-se iluminada, vem acompanhada pelo vento par perfeito para uma inquietude invisível separa-os um mundo de fúria e de suor, uma espécie de combinação de canto e grito bater feroz de oficina ao ar livre folhas em rodopio por todo o lado, ondas amarelas e vermelhas, verdes em musgos qual escarcéu, um marulhar de versos pelo chão e as nossas bocas e olhos bem abertos, absorvendo tudo em redor partes do mesmo todo, um mar de cor pelo chão embora o amor em caos, fico apaixonada por este vento e por esta chuva, pelo ar, pelas pequenas belezas da natureza, pela eterna música e por estes pássaros que teimam em trinar em plena chuva