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um tempo em arrepio

É sempre um prazer renovado percorrer este espaço casa, lugar de sorrisos e de boas energias. 

À porta de entrada as quatro que afinal são três: inverno, primavera, verão e verão. O calor repetido. Entra-se e sente-se uma voz que convida à deambulação. São as árvores frondosas que se esticam em desmesurado abraço. E, por dentro delas, vou-me encaixando. O tulipeiro e a tília, as camélias e a magnolia grandiflora, as palmeiras e a araucaria. Tudo em tamanho gigante. E depois há os pombos, os patos, as galinhas e os pavões que rasgam o silêncio do espaço com os seus pupilares estridentes. Os bancos, as fontes, sete flores de lótus para uma só coluna. Trilhos de raízes que conquistam este chão e uma paisagem que se estende muito para lá deste espaço. E no meio de toda esta beleza, há uma varanda a unir eternamente os distantes: muito para além deste alpendre, muito mais do que um rio atravessado por uma ponte e ladeado por casarios. Uma mulher e sua corça. Um tempo em arrepio. 

Um sítio certo porque esta paisagem sou e tu. Eu que a escrevo para que tu a leias.





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