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Aos tombos

Nos meus sonhos há quase sempre pesadelos.
E tudo se passa quase sempre a voar.
Todos voam, inclusivamente, eu.
Há sempre um trânsito engarrafado em céu amarelado.
E há monstros que aparecem para me olhar.
(Como se olhar fosse algo que me assustasse…).
Um ligeiro encosto e dou cada tombo!
Levanto-me, arranco em corrida e elevo-me no ar.
A luz avassaladora do sonho a cobrir-lhes o corpo
e logo tudo se transforma em pesadelo
(para eles, claro!).
Dão cada tombo e não se conseguem levantar!

Mónica Costa
( a pintura que acompanha o texto é obra de Anna Bocek)


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