Para a cova aberta se atiram as sementes
caem elas, uma a uma no ventre da terra
e ficam, ali, em silêncio profundo!
(e bocas atónitas abrem-se à espera de desgraça)
E assim secretas assim afundam e aguardam
Elas, as sementes soterradas!
Preenche-se a cova aberta de terra escura
Calca-se, deixando apenas um último fio de luz…
(tranquilizadas as gentes, cerra-se o portão da quinta à chave)
Mas lá no fundo
bem no fundo da terra
naquela quinta fechada a sete chaves
onde a noite fica como a única certeza
Há festim! Planeiam…
Estão a germinar… vão crescer! Vão crescer!
Porque é mais densa a flor
mais densa que a noite escura
E, em breve, a alegria em vez da dor!
Comentários
Enviar um comentário