Não suponhas que as formas nascem do olhar.
Não questiones a razão da tua cor.
Não te impressiones com muros iluminados.
Não te esqueças que não há gritos com respostas.
Não queiras quem caminhe ao teu lado indiferente.
E nunca tentes emendar o que não tem conserto.
Nunca leias um livro único uma única vez.
Não tentes aprender equações repetindo.
Nunca te arrependas do relâmpago duns lábios procurando outros lábios.
E nunca pretendas decifrar mistérios.
Não batas a nenhuma porta para matar a tua sede.
Nem mates os anjos com beijos revoltados.
Não duvides da inevitável solidão do tempo.
Não leves tão a sério o desejo.
E nunca esperes por uma palavra – di-la!
Não concluas que é sempre fria a água do balde.
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